Grupos de Trabalhos

GT 01 – GÊNERO, EDUCAÇÃO E TRABALHO 


        Profa. Dra. Christiane Pereira Rodrigues (IFAM/Parintins)

        Profa. Dra. Alice Ponce de Leão (UFAM/Parintins)

educação pensada como trabalho assume formas concretas, históricas, no âmbito de uma educação para o capital, amplamente limitada enquanto possibilidade emancipadora. As mulheres lutam pela educação emancipadora, postulam uma pedagogia e uma educação revolucionária que passe ao largo da educação bancária, adestradora e sem compromisso social. As bases para a construção dessas alternativas são as condições sociais concretas, o que as mulheres têm buscado por meio do seu protagonismo político e social. Este grupo de Trabalho discutirá temas tais como: as mulheres e a educação formal; as mulheres e a pós-graduação; educação continuada; educação e as mulheres do campo; as mulheres agricultoras; mulheres de assentamento e a educação; as mulheres e o mercado de trabalho; mulheres no trabalho terceirizado; mulheres no trabalho doméstico; as mulheres pescadoras e outros temas correlatos no contexto de gênero. 


GT02 - GÊNERO, MEIO AMBIENTE E ECOFEMINISMO 


        Profa. Dra. Ivânia Vieira (UFAM)

        Profa. Dra. Priscila Freire Rodrigues (UEA)

        Prof. Dr. Ricardo Gonçalves Castro (Faculdade Católica do Amazonas)

Este GT busca abordar o trabalho e as práticas sociais das mulheres da floresta no campo do ecofeminismo, apontando as transversalidades possíveis entre gênero e meio ambiente. Convidamos à submissão trabalhos etnográficos, teóricos e relatos de experiência que discutam aspectos vários desse debate. A ideia é juntar, num amplo espaço de diálogo, mulheres de contextos diversos no âmbito da justiça climática, em defesa dos ecosistemas, do meio ambiente e dos direitos dos povos tradicionais e originários. Tem o intuito de promover uma agenda de discussões e proposições que perpassem a crise climática, a biodiversidade, as territorialidades, apontando estratégias e táticas de luta para adiar o fim do mundo, a partir de uma perspectiva de gênero e suas intersecções. Trata-se da luta feminista pela proteção e conservação dos espaços e dos territórios protagonizados pelas mulheres do continente das águas. Ou seja, trata-se da luta em defesa da Amazônia. 


GT 03 – GÊNERO, RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA E RELIGIOSIDADE INDÍGENA 


        Profa. Dra. Alessandra do Amaral Sales (SEMED/Manaus)

        Profa. Dra. Lidiany de Lima Cavalcante (UFAM)

As religiões de matriz africana são recortadas por uma rede de simbologia que envolve ritos, crenças e rituais de iniciação, num ritmo cadenciado com a existência dos orixás. No caso das mulheres indígenas a espiritualidade advém de suas cosmovisões orientadas por suas ancestralidades. Elas estabelecem um processo de afetividade e reciprocidade com a Mãe – Terra, ao mesmo tempo em que desenvolvem suas crenças tradicionais junto aos bichos visagentos, com os elementos do cosmos/universo, assim como crenças no âmbito da religiosidade judaico-cristã. Os trabalhos apresentados neste Grupo de Trabalho concentram-se num temário nos domínios da religiosidade afro-brasileira e nos saberes tradicionais, sob o verniz das relações de gênero. Acolhe trabalhos nos temas das crenças religiosas, movimento religioso umbandista e do candomblé, práticas de bahsese, todas sob o manto das relações de gênero. 


GT 04 –MULHERES INDÍGENAS E O BEM VIVER


        Profa. Dra. Iraildes Caldas Torres (UFAM) 

        Profa. Dra. Valcirlene Bruce (Seduc/Parintins)

O presente Grupo de Trabalho constitui-se num espaço de debate sobre tema étnicos e suas intersecionalidades com as teorias do bem viver e da ciência indígena. Discutirá as questões de gênero relacionadas aos poderes das mulheres indígenas; situação de violências no contexto indígena; representação feministas nos espaços de poder, temas relativos a liderança e organização comunitária de mulheres indígenas, questões relacionadas ao corpo e território, relações com a floresta, os rios e a Mãe-Terra, dentre outras questões. 


GT 05 – GÊNERO, VIOLÊNCIA E FEMINICÍDIO


        Profa. Dra. Maria Mery Ferreira (UFMA)

        Doutoranda Rayane de Oliveira Viana (UFAM)

A violência contra a mulher é uma grave problemática social recorrente no Brasil, na Amazônia, a qual tem se intensificado e assumido novos contornos nos últimos tempos, sobretudo neste período atual de ocorrência da pandemia do Novo Coronavírus. Embora as mulheres tenham conquistado importantes espaços na esfera pública em mais de um século de luta, elas ainda não conseguiram se ver livres da violência a ponto de esbarrar no limite da barbárie com o feminicídio. Este Grupo de Trabalho acolhe trabalhos nos temas da violência intrafamiliar e todos os tipos de violência doméstica (violência física, sexual, moral, simbólica e patrimonial); violência institucional e no trabalho; exploração sexual; tráfico de mulheres; violência no contexto indígena; feminicídio; feminicídio íntimo e outros casos correlatos. 


GT 06 – GÊNERO, CORPO E VIOLÊNCIA LGBTQIA+ 


        Profa. Dra. Jeanne Chaves de Abreu (UEA)

A corporeidade humana é um fenômeno social e cultural, assentada em simbolismos, representação imaginária e de gênero. O corpo é o lugar da memória, âmago da relação de homens e mulheres com o mundo, é expressão de sentimentos, ritos de interação, conjunto de gestos, produção de aparência, jogos de sedução, exercícios físicos, relação com a dor e sofrimento. Enfim, o corpo é a morada da subjetividade humana, sua realização e felicidade, envolvendo os afetos, os amores e as orientações sexuais. Este Grupo de Trabalho recolhe resumos e textos de trabalho sobre assédio sexual de mulheres; abuso sexual de meninas/adolescentes; amantes sexuais, mulheres domésticas seviciadas sexualmente; trabalhadoras do sexo; erotismo e sedução; corpos de trabalho, corpos de desejo; orientação lésbica; transexual, bissexual; lesbofobia, transfobia dentre outros temas correlatos no âmbito do guarda-chuva de gênero. 


GT07 – GÊNERO, MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS


        Profa. Dra. Márcia Maria de Oliveira (UFRR)

        Profa. Dra. Andreza Gomes Well (UFAM)

O desenvolvimento da sociedade resulta das decisões formuladas e implementadas pelo Estado em suas diversas instâncias, em conjunto com as forças político-sociais, sobretudo os movimentos sociais. O Estado é uma organização política, administrativa e jurídica que se constitui com a existência de um povo. É a instância política que acolhe a voz da cidadania e provê o atendimento de suas demandas. As mulheres têm buscado garantir os seus direitos junto ao Estado, por meio dos vários feminismos e grupos de mulheres sem, contudo, terem sido atendidas suficientemente em suas reivindicações. Este Grupo de Trabalho reúne resumos e textos completos de trabalhos no seguinte temário: movimentos sociais de mulheres; feminismos, coletivos sociais de mulheres; mulheres e moradia; mulheres e a saúde pública; mulheres e a assistência social, as mulheres e a educação; mulheres e o movimento migratório, mulheres estrangeiras e os abrigos sociais; o protagonismo das mulheres no campo e outros temas correlatos sob a regência de gênero. 



GT8: VOZES DA FLORESTA: GÊNERO, RESISTÊNCIA E EXPRESSÕES POÉTICAS 


        Profa. Dra. Veronica Prudente Costa (UFRR)

        Profa. Ma. Thaila Bastos da Fonseca (SEDUC/TEFÉ)

        Profa. Ma. Greiciele Rodrigues da Costa (PPGICH/UEA)

Este Grupo de Trabalho, propõe-se a explorar as interseções entre questões de gênero, práticas de resistências e as poéticas inerentes à floresta. Busca reunir pesquisadoras e pesquisadores, ativistas, artistas e comunidades locais para discutir como as florestas são espaços de resistência cultural, política e ambiental, e como as questões de gênero permeiam essas dinâmicas. As florestas são espaços vitais para a biodiversidade e a sustentabilidade do planeta, mas também são repletas de significados culturais e sociais. Torna-se necessário um olhar aprofundado e crítico sobre como as questões de gênero e resistências são articuladas no contexto das florestas, no sentido de valorização das poéticas que emergem dessas interações. A compreensão dessas dinâmicas é fundamental para a formulação de políticas públicas inclusivas e para o fortalecimento das lutas socioambientais.